Resenha: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe é um daqueles livros que todo mundo já leu e ama. Se não ama é porque leu errado (lê de novo). Foi um dos primeiros livros que li ainda criança e até hoje é meu favorito da vida ♡

Ganhei essa edição maravilhosa e resolvi falar um pouco dela e dessa história encantadora.

Editora: Grupo Editorial Escrituras

Edição: 1 / Ano: 2015

Páginas: 80

☆☆☆☆☆  ♡

SINOPSE: Esta versão do clássico “O Pequeno Príncipe” (selo Escrituras), de Antoine de Saint-Exupéry, uma das obras literárias mais famosas do século XX, conta com tradução do poeta e editor Raimundo Gadelha. As expressivas ilustrações, de impressionante luminosidade, são de Manuela Adreani, artista capaz de recriar a viagem fantástica do protagonista à descoberta do universo e resgatar a magia de uma história clássica e atemporal. Edição luxuosa, em capa dura almofadada e tamanha diversificado.

"Somente conhecemos bem aquilo que cativamos", disse a raposa.

O livro é narrado por um aviador que caiu no deserto com seu avião e lá encontrou uma criança. Um principezinho. Como se isso não fosse suficientemente estranho, o pequeno príncipe lhe pede que desenhe um carneiro. Começa então uma relação cheia de sensibilidade e reflexão.

O principezinho conta ao aviador como chegou aqui, sua jornada por planetas diferentes, habitados por personagens com comportamentos questionáveis, como o homem que contava as estrelas, tão compenetrado em saber a soma exata daquilo que “possuía”, mas que não as admirava.

O pequeno príncipe nada mais é do que aquilo que fomos quando crianças e que deveríamos ser até hoje: sensíveis, curiosos e criativos. Quantas vezes fomos desanimados por alguém que diz “você já está muito grande para isso” ou “tal atividade não dá dinheiro”? Somos sempre ensinados a fazer o que esperam de nós, não o que nos da alegria. O papel do pequeno príncipe é questionar e mostrar o que realmente deve ser valorizado, como amizade e companheirismo.

O aviador relembra o que aconteceu e faz considerações sobre o que aprendeu com aquele serzinho, e nos aprendemos juntos. A jornada do pequeno príncipe é um pouco parecida com a nossa, cheia de percalços, de pessoas desagradáveis, mas também de amigos e momentos de felicidade. Só nos resta estarmos abertos para viver cada situação, saber corrigir os erros e seguir em frente.

Separei os trechos que mais gosto:

Eu tenho que acolher algumas lagartas se quiser conhecer as borboletas;

Só devemos exigir de uma pessoa aquilo que ela pode dar.

É muito mais fácil julgar os outros. Se você consegue julgar a si próprio... bem, isso significa que você é um homem sábio.

A vaidade nada ouve senão o elogio.

Foi o tempo que você dedicou a sua flor que a fez tão importante.

Essa edição da Escrituras é tão linda quanto a historia. Começando pelo tamanho (29 X 37 cm) que considero gigante, com capa dura e ilustrações lindas de Manuela Adreani. Mesmo fugindo da imagem tradicional do pequeno príncipe, eu gostei bastante e achei de muita delicadeza. As fotos desse post não fazem jus à beleza delas. A diagramação é simples, com folhas brancas e de boa gramatura. A única observação negativa é sobre a tradução. Na parte da raposa, por exemplo, usaram “domesticar” ao invés de “cativar”. Mas é algo que dá pra superar. É uma edição muito bonita para presentear aquela pessoa especial.

Sempre acho que não dá pra falar muito sobre um clássico. Muita gente já conhece, muita gente já resenhou... Mas se você ainda não leu essa história linda, recomendo fortemente que leia. Não importa sua idade, O Pequeno Príncipe é para todos. E seja lá qual for a fase que você está vivendo nesse momento, você vai se identificar com a mensagem do livro. Boa leitura :)

Obs.: As fotos desse post são de autoria de Lene Colaço. É permitido compartilhar, desde que as imagens não sejam editadas e dê os devidos créditos.